domingo, 29 de outubro de 2017

Crônica do Natal



Crônica do Natal
Desde a ascensão de Herodes, o Grande, que se fizera rei com o apoio dos romanos, não falava na Palestina senão no salvador que viria enfim...
Mais forte que Moisés, mais sábio que Salomão, mais suave que Davi, chegaria em suntuoso carro de triunfo para estender sobre a terra as leis do Povo Escolhido.
Por isso, judeus prestigiosos, descendentes da  doze tribos, preparavam-lhe oferendas em varias nações do mundo.
Velhas profecias eram lidas e comentadas, na Fenícia e na Síria, na  Etiópia e no Egito.
Dos confins do Mar Morto às terras de Abilena, tumultuavam noticias da suspirada reforma...
E mãos hábeis preparavam com devotamento e carinho o advento do Redentor.
Castiçais de ouro e prata eram burilados em Cesárea, tapetes primorosos eram tecidos em Damasco, vasos finos importados de Roma, perfumes raros eram trazidos de remotos rincões da Pérsia... Negociantes habituados à cobiça cediam verdadeiras fortunas ao Templo de Jerusalém, após ouvirem as predições dos sacerdotes, e filhos tostados do deserto vinham de longe trazer ao santuário da raça a contribuição espontânea com que desejavam  formar nas homenagens ao Celeste Renovador.
Tudo era febre de expectação e ansiedade.
Palácios eram construídos, pomares e vinhas surgiam cuidadosamente podados, touros e carneiros, cabras e pombos eram tratados em esmero para regozijo esperado.
Entretanto, o Emissário Divino desce ao mundo na sombra espessa da noite.
Das torres e dos montes, hebreus inteligentes recolhem a grata noticia... Uma estrela estranha rutila no firmamento.
O enviado, porem, elege pequena manjedoura para seu berço de luz.
Milícias angelicais rejubilam-se em pleno céu...
Mas nem príncipes, nem doutores, nem sábios e nem poderosos da Terra  lhe assistem a consagração comovente e sublime.
São pastores humildes que se aproximam, estendendo-lhe os braços.
Camponeses amigos trazem-lhe peles surradas.
Mulheres pobres entregam-lhe gotas de leite a.
E porque as vozes do Céu se fazem ouvir, cristalinas e jubilosas, cantam eles também...
-“Gloria a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os Homens!...”.
Ali, na estrebaria singela, estão Ele e o povo...
E o povo com Ele inicia uma nova era...
 É por isso que o Natal é festa da bondade vitoriosa.
Lembrando o Rei Divino que desceu da Gloria à Manjedoura, reparte com teu irmão tua alegria e tua esperança, teu pão e tua veste.
Recorda que Ele, em sua divina magnificência, elegeu por primeiros amigos e benfeitores aqueles que o mundo nada possuíam para dar, além da pobreza ignorada e singela.
Não importa sejas, por enquanto, terno e generoso para com o próximo somente um dia...
Pouco a pouco, aprenderas que o espirito do Natal deve reinar conosco em todas as horas de nossa vida.
Então, serás o irmão abnegado e fiel de todos, porque, em cada manhã, ouvirás uma voz do Céu a sussurrar-te, sutil:
- Jesus nasceu! Jesus nasceu!...
E o Mestre do Amor terá realmente nascido em teu coração para viver contigo eternamente.
Lição47do livro “Antologia Mediúnica do Natal” pelo espirito Irmão X, psicografia de Francisco C Xavier.
(Imagem Internet) 

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