terça-feira, 16 de janeiro de 2018

A Prece



A Prece
Que eu não posso mortais, com meus fracos acentos dar-vos ao coração o mais sublime incenso!
Ensinar-vos aqui, no colher desta messe o que é a prece em si mesma e o que é fazer a prece.
É um impulso de amor, de fluido ardor que se escapa da alma e se eleva ao Senhor.
Sublimada expansão da humilde criatura. Que retorna à sua fonte e eleva a sua natura!
Orar não muda em nada a lei do Pai Eterno sempre imutável, mas o coração paterno derrama o seu influxo no que o implora, e assim redobra o ardor do fogo que o devora.
É então que ele se sente crescer e elevar.
E pelo amor do próximo e peito pulsar.
Mais se expande no amor, mais o sublime Ser enche-lhe o coração com os dons do saber.
Desde então, santo anseio de orar pelos mortos,  sob o peso da dor pungentes remorsos, nos mostra as exigências do seu novo estado, de a eles dirigir seu  fluido suavizado, cuja eficácia , bálsamo consolador, penetra-lhes no ser como um libertador. Tudo neles se anima, um raio de esperança ajuda-lhes o esforço, à liberdade os lança.
Assim como aos mortais vencidos pelo mal que um bálsamo  supremo devolve ao normal, eles se regeneram pelo impulso oculto de augusta prece, ardente, e seu divino culto.
Redobremos o ardor; nada se perde enfim ;preces, preces por eles, preces até o fim;  a prece, sempre a prece, essa estrela divina faz-se foco de amor e no final domina.
Oremos pelos mortos, sim, e logo por sua vez nos lançarão doce raio de amor.
Joly
Médium: Francisco C Xavier
Da “Revista Espírita” ano - Janeiro 1861
 (Imagem Internet)



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